terça-feira, 3 de julho de 2012

A CASINHA E O AMOR


“Imagine quantas casas existem na região onde moramos? E nos campos espalhados no mundo inteiro? À beira-mar? Nas pequenas cidades e nas grandes então? São milhares de casas, não só de casas... mas de prédios com vários apartamentos. Não podemos esquecer que existem casas também debaixo das pontes, dos viadutos, nas ruas e calçadas.
Existem casas onde mora uma só pessoa... Em outras moram pequenas famílias e em algumas não mora ninguém: estão abandonadas...mas existem casas que estão cheiinhas, repletas de pessoas!
E em minha casa? Quantas pessoas moram nela?  sabemos também que dentro de cada uma das pessoas que moram nos milhares de casas espalhadas no mundo inteiro, portanto  também dentro de mim, existe uma casinha, uma morada!  Você já sabe que casinha é esta? O Coração!
Muitas vezes esta casinha encontra-se: sonolenta, doente, suja, impressionante... aparentemente parece estar feliz!
Outras vezes, esta casinha, encontra-se cheia de mágoas, raiva, ressentimentos, até ódio, insatisfação, angústia... enfim... toda chagada. E tristemente esta chaga se expande e contamina (envolve) outras pessoas que estão perto da gente: o esposo, a esposa, os filhos, os parentes, vai se estendendo até chegar o vizinho e quando menos se pensa já contaminou a Cidade... o País... o mundo!
Mas nem tudo está perdido... estas chagas da nossa casinha têm cura... só é preciso muito exercitar... é preciso ter força de vontade; ou seja; querer curar as chagas desta morada... sabe porque depende só de mim???
Porque Alguém maravilhoso que se chama JESUS, um dia, tomou sobre si os nossos pecados, as nossas chagas. Jesus carregou paciente e amorosamente a Cruz dos nossos pecados, as nossas aversões a Deus. Nas Suas Santas Chagas nós fomos curados. De tal maneira que podemos voltar-nos a DEUS N’ELE e por causa D’ELE, de Sua Cruz...
Através da minha conversão diária, através da minha obediência às Suas Leis e aos Seus ensinamentos... através da aceitação das pequenas cruzinhas diárias, paciente e amorosamente como Ele aceitou a pesada Cruz  dos meus pecados... assim, vou me exercitando...
Seguindo o Exemplo, a Vida e os Ensinamentos de Jesus... sabemos que Ele  nos deixou os Sacramentos e... através do arrependimento contrito e sincero, através da Confissão dos meus pecados, com um Sacerdote da Igreja Católica, a quem Deus deu poder “autoridade” para absolver os pecados em Nome D ’Ele : “-Eu te absolvo”, diz o Sacerdote em Nome de Jesus, no lugar de Jesus, estarei assim  me esforçando para curar as chagas da minha morada: do meu coração...e contribuindo para a cura das chagas do mundo, especialmente daqueles que estão mais próximos de mim...e Deus espera isto de cada um de nós.
Assim nosso coração ficará forte, sadio, alegre, limpinho, saudável para o céu... contagiando outros corações, com seu brilho, seu amor, sua luz.
Jamais poderemos nos esquecer que estando Jesus na Cruz, Ele nos entregou Maria como nossa Mãe. E a Maternidade de Maria, não conhece limites de raças, tempo ou lugar, ela se expande em horizontes universais... e neste universalismo descobrimos outro básico especial para nossa conduta e relações sociais: Todos somos irmãos. Devemos ajudar uns aos outros, levando-os todos à Deus.
Aceitando Maria como nossa Mãe e nos entregando à Ela : Maria cuidará de cada um de nós como cuidou do Seu pequeno Jesus: carinhosa e amorosamente, ornando nossos corações com Suas Virtudes: oração, obediência, humildade, pureza, silêncio, pequenez, perfeito abandono e confiança... e, com as flores da Sua Graça. Maria triunfará desde já nele e o preparará , transformando-o numa morada tão bela, que o Pequeno Jesus, escondido na pequenina Hóstia branca, se regozijará em habitar nele.
E Jesus, ao estabelecer Sua morada em nosso coração... já triunfará Eucaristicamente nele. Assim o Reino Eucarístico de Jesus já começa a acontecer... em cada coração... até que chegue o dia então que não mais existirão corações chagados, mas corações cheios de muito amor... onde reinarão  para sempre: JESUS e MARIA !
O Mundo estará então ornamentado com as flores de amor, de Paz e de Justiça, terá então se instaurado o Reino de Maria e de Jesus no mundo... e todos estarão reunidos (Um só Rebanho) em uma Comunidade de Amor ( pessoas de todas as raças) ao redor de um único Pastor (Pedro), cujo centro desta Comunidade de Amor será: JESUS EUCARÍSTICO! ”.

Preto de copas (cartas) Jardim da Fé Preto de copas (cartas)

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CONSELHO AOS PAIS

CONSELHO AOS PAIS

25/05/09

Já na sua infância, desde cedo, não dê à ele tudo o que quiser, assim quando ele crescer, não ficará a espera que o mundo lhe dê o que deseja; Não ache graça de seu palavreado chulo e grosseiro; Inicie-o nos caminhos de uma educação religiosa, sem fanatismo, que não pregue a divisão e sim, a união do povo de Deus; Não apanhe tudo que ele deixar jogado: livros, brinquedos, sapatos, roupas e ... Habitue-o a guardar todos os seus pertences; Não faça tudo para ele. Ensine-o a fazer de tudo, a fim de que não seja um eterno dependente dos outros; Evite, a todo custo, discutir com freqüência na presença dele; Não o defenda, intransigentemente, contra seus professores. Apure os fatos com calma. Lembre-se que os professores são seus parceiros e não seus inimigos; Não tente dominá-lo querendo que ele seja a sua cópia, mas tente sempre persuadi-lo através de um diálogo sincero e amigo. Respeite sua personalidade; Finalmente, prepare-se para no futuro ter somente orgulho e alegria de ter realmente, criado um filho com dignidade; Lembre-se: se fizeres o contrário disto, corre o risco de uma vida futura cheia de angústias, decepções e lágrimas de dor. (Texto adaptado pelo Professor Francisco Jaegge)

LIMITES NA EDUCAÇÃO - Fábio Henrique Prado de Toledo

LIMITES NA EDUCAÇÃO - Fábio Henrique Prado de Toledo

Limites na educação

Fábio Henrique Prado de Toledo

Algum tempo atrás manifestei nesta coluna certa perplexidade com o Projeto de Lei n. 2.654/2003, com o que se pretendia proibir qualquer forma de punição corporal a crianças e adolescentes. Como disse naquela oportunidade, o assunto merece ser melhor refletido.

Penso que as “palmadas” nas crianças não são mesmo um recurso educativo a ser utilizado a todo momento. Mais ainda, conheço vários pais que conseguiram educar muito bem sem jamais ter sequer levantado a mão contra os filhos. Aliás, se analisarmos bem, muitas das vezes que se bate numa criança, faz-se porque o pai ou a mãe estão nervosos com outro assunto que os afligem e a travessura foi apenas o estopim. Outras vezes, quase sempre, bate-se porque não se tem paciência para explicar o porquê de não poder ela fazer algo, dando os motivos pelos quais sua conduta não é adequada e, sobretudo, expondo as boas razões para se proceder corretamente.

O problema de leis radicais como essa são as más interpretações que podem causar. Estou certo de que, tão-logo aprovada, não tardará em surgir nas escolas e nas famílias uma falsa concepção do tipo: não se pode fazer nada com o garoto que não obedece, pois do contrário pode ser “processado”. Ou, pior ainda, as próprias crianças poderão incorporar o falso conceito e se levantarem contra os educadores, pais e professores, numa arredia desobediência a qualquer tipo de ordem com o petulante argumento: “não pode fazer nada comigo, sou menor”.

Não há educação sem limites. Já relatei a história de um garoto que, durante uma viagem com os colegas de escola para um acampamento, se queixava com o professor de que seus pais não lhe davam liberdade, que dependia da autorização deles para quase tudo. Esse bom professor deu ao aluno uma brilhante lição, que merece ser contada novamente:

“Seus pais não permitem que você faça tudo o que quer porque o amam. Veja esse pequeno riacho, em sua nascente, uma margem é bem próxima da outra. É o que ocorre com uma criança pequena, de tudo dependem dos pais. O riacho, conforme vai avançando, as suas margens vão ficando cada vez mais distantes, até que deságüe no mar, onde não há mais margens. Assim deveriam os pais fazer com os filhos. A autoridade dos pais é a margem dos rios que permite que cheguem ao destino.

Quanto maior o rio, mais distantes as margens, quanto maior e mais responsável o filho, maior pode ser a sua autonomia. E veja, que bom que é a margem, imagine o que seria do rio sem ela? Veja aquela parte do rio em que a margem é menos resistente, parte da água caiu para fora e apodrece à beira do rio, não chegará ao mar. Assim acontece com os filhos que possuem pais fracos, que não desempenham a obrigação de exercer a autoridade: deixam seus filhos perdidos nas ribanceiras do mundo, não chegam ao mar".

Soube também do drama de uma adolescente que talvez ilustre o desastre que é a educação sem limites. Trata-se de uma jovem de quatorze anos que estava deprimida e resolveu fazer um tratamento psicológico. Depois de algumas sessões, ela acabou por deixar de escapar algo, aparentemente sem importância, mas que revelava a causa de sua “depressão”.

Disse ela: “quando as minhas amigas me convidam para algum passeio que eu não quero, gosto muito de dizer que meus pais não deixaram. É a desculpa que mais me agrada”. “Você sabe por que isso lhe agrada?”, perguntou o psicólogo. “Na verdade não sei”, prosseguiu ela, “os pais de minhas amigas sempre as proíbem de fazer algo que elas verdadeiramente gostariam, mas eles também conversam com elas, fazem programas juntos, penso que elas ganham um beijo dos pais antes de irem dormir...”. Ela não contém as lágrimas que escorrem, e depois conclui: “meus pais me deixam fazer tudo o que eu quero porque não gostam de mim. Fazem isso para que eu não os incomode, então eu costumo dizer a minhas amigas que me proíbem de fazer alguma coisa para que não percebam que meus pais não me amam”.

Comprometedor esse relato, não? É hora, pois, de levá-lo mais a sério.

Fábio Henrique Prado de Toledo é Juiz de Direito em Campinas. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Articulista do Correio Popular de Campinas e de alguns outros jornais. Casado, pai de 8 filhos e Membro do Conselho de Administração do Colégio Nautas.

e-mail: fabiotoledo@apamagis.com.br

Publicado no Portal da Família em 22/06/2010