quinta-feira, 31 de maio de 2012

A NATUREZA NOS ENSINA


A NATUREZA NOS ENSINA


A primeira lição que ela nos dá é que Deus existe
A natureza é uma bela obra de Deus; toda ela foi feita para nós num gesto do amor de Deus; sendo divina ela está repleta de beleza, harmonia, cores e lições que nos ensinam a viver. Jesus a usava sempre em Seus ensinamentos. "Olhai os lírios do campos...", veja a semente da mostarda, olhe os pastores e as ovelhas...Olhai para os campos, onde todas as coisas falam do amor: onde os ramos se abraçam, as flores dançam, os pássaros namoram; onde a natureza toda glorifica o espírito.
Galileu disse que a natureza é um documento escrito nas linguagens matemáticas. Tudo nela é preciso, ordenado e belo. Os elétrons giram em torno do núcleo do átomo com leis precisas; os planetas giram todos em torno do Sol, obedecendo às três leis precisas descobertas por Kepler. Todos os corpos caem em queda livre com a mesma aceleração da gravidade que Torricelli determinou fazendo experiências na Torre de Pisa.
Você pode não receber flores todos os dias em sua casa, mas Deus as manda pela natureza quando você vai para o trabalho.
A natureza é séria, calma, silenciosa, severa, sempre verdadeira. Os erros é que são nossos. Um provérbio diz que Deus perdoa sempre, o homem de vez em quando, a natureza nunca. Ela não tem raciocínio e não tem coração; mas vive dentro de sua perfeição mineral, vegetal e animal. Cabe a nós, homens, cuidar dela para podermos desfrutar bem das suas dádivas. Na natureza não há recompensas ou castigos. Há apenas consequências.
A primeira lição que a natureza nos dá é que Deus existe; ela não poderia existir com tanta beleza e perfeição se não tivesse um Criador poderoso e bondoso. Como disse o francês Voltaire: não pode haver um relógio sem um relojoeiro. Nunca acredite no acaso, por favor; acaso é apelido que dão a Deus aqueles que não têm coragem de pronunciar o Seu Nome. Esses são infelizes por natureza, porque renegam o próprio Criador; jamais experimentarão a verdadeira felicidade.
Olhe, por exemplo, para as vacas e lembre-se de que os maiores cientistas nunca descobriram como tirar leite do capim. Gratuitamente a natureza faz isso para nós. Nenhum prêmio Nobel até hoje jamais conseguiu compreender o que é a vida de uma simples formiga.
Padre Antonio Vieira afirmou: "Se queres ser mestre na fé, faze-te discípulo da natureza". De fato, a natureza é mestra. O pesquisador inglês Eddington dizia que "nenhum ateu é admirador da natureza".
A natureza é lenta, mas não para, e é segura. É um lema de vida; viver de maneira lenta, mas sem parar; a pressa é inimiga da perfeição. Quanto mais complexo é um trabalho, tanto mais devagar ele deve ser feito. O tempo destrói tudo que é construído sem a sua colaboração.
Em um mosteiro, um jovem discípulo questionou o seu mestre. - Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam. Insuportáveis são as falsas e invejosas.
- Pois, viva como as flores! Advertiu o mestre.
- Como é viver como as flores? Perguntou o discípulo.
- Repare nas flores, continuou o mestre, apontando os lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.
É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros nos importunem. Os defeitos deles são deles e não nossos. Se não são nossos, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo o mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.
Olhe para o mar; majestoso e belo. Ele é grande porque aceitou humildemente ficar alguns milímetros abaixo de todos os rios da terra; por isso é imenso. Todos podem vê-lo porque ele aceitou ficar lá embaixo; não nas alturas aonde poucos podem chegar.
O mar é rico exatamente porque ele permite que todos os rios, grandes e pequenos, neles deságuem e lhe tragam as suas riquezas. Muitos homens excluem com facilidade os outros e deixam de receber suas riquezas. O mar interliga as nações, une os povos, aceita a simples canoa do pescador e também o gigantesco transatlântico. Ele não discrimina nada e ninguém, é "pobre de espírito", por isso é muito rico. Ele está pronto a dar o seu peixe ao pobre pescador e à grande companhia de pesca que o desbrava. Ele está aberto dia e noite para todos; não cobra impostos para ser usado e respeita os limites que as montanhas lhe colocaram. Ele só faz mal a quem não conhece a sua natureza e desrespeita as suas leis.
Olhe para o céu, ele nos ensina muitas maravilhas; antes de tudo é imenso, maior do que a terra e o mar, não pode ser medido; os cientistas se angustiam procurando os seus limites insondáveis. Eles sabem que o universo se expande com uma velocidade fantástica! Ninguém sabe onde ele termina. Penso que Deus o fez assim incomensurável, para nos deixar uma pequena amostra de Sua infinitude e ninguém jamais duvidar da Sua grandeza e do Seu poder.
Olhe para os pássaros do céu, como disse Jesus, não ceifam nem recolhem os frutos nos celeiros, mas não lhes falta o alimento de cada dia. O Pai do céu cuida de cada um deles. Eles se reproduzem sem interrupção e não ficam preocupados se vão poder ou não alimentar os seus filhotes. Quando algum malvado destrói o seu ninho, eles não desanimam, voam em busca de outro lugar e recomeçam tudo de novo.
Toda a natureza nos dá belas lições. Que beleza a água! Mata a nossa sede e a de todos os seres vivos; limpa o que é sujo, refresca o calor, sustenta a vida na terra. Embora seja o elemento mais importante da natureza, é o mais simples: dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Em sua simplicidade ela [água] nos ensina como devemos viver: não se nega a ninguém; mata a sede do rico e do pobre, desce do céu para os bons e para o maus, sem distinção, aceita ficar suja para limpar os outros; aceita ser fervida para amolecer a comida, aceita virar gelo para conservar o frio, aceita ser acumulada para gerar a força das hidrelétricas; aceita sumir na terra para saciar a planta... Depois de usada, aceita voltar para as nuvens e retornar para a terra a fim de começar tudo de novo, sem se cansar. Quanta lição!
Olhe para a minúscula semente. Nela há uma humildade enorme. Ela contém toda a vida de uma enorme árvore que ainda não existe, e aceita desaparecer e morrer na terra para dar a vida. Ela é extremamente pequena, mas sua força é descomunal. Ela não escolhe a terra para produzir; aceita qualquer solo em que a lancem; e faz de tudo para florescer, sem reclamar.
(FONTE)

Preto de copas (cartas) Jardim da Fé Preto de copas (cartas)

CONSELHO AOS PAIS

CONSELHO AOS PAIS

25/05/09

Já na sua infância, desde cedo, não dê à ele tudo o que quiser, assim quando ele crescer, não ficará a espera que o mundo lhe dê o que deseja; Não ache graça de seu palavreado chulo e grosseiro; Inicie-o nos caminhos de uma educação religiosa, sem fanatismo, que não pregue a divisão e sim, a união do povo de Deus; Não apanhe tudo que ele deixar jogado: livros, brinquedos, sapatos, roupas e ... Habitue-o a guardar todos os seus pertences; Não faça tudo para ele. Ensine-o a fazer de tudo, a fim de que não seja um eterno dependente dos outros; Evite, a todo custo, discutir com freqüência na presença dele; Não o defenda, intransigentemente, contra seus professores. Apure os fatos com calma. Lembre-se que os professores são seus parceiros e não seus inimigos; Não tente dominá-lo querendo que ele seja a sua cópia, mas tente sempre persuadi-lo através de um diálogo sincero e amigo. Respeite sua personalidade; Finalmente, prepare-se para no futuro ter somente orgulho e alegria de ter realmente, criado um filho com dignidade; Lembre-se: se fizeres o contrário disto, corre o risco de uma vida futura cheia de angústias, decepções e lágrimas de dor. (Texto adaptado pelo Professor Francisco Jaegge)

LIMITES NA EDUCAÇÃO - Fábio Henrique Prado de Toledo

LIMITES NA EDUCAÇÃO - Fábio Henrique Prado de Toledo

Limites na educação

Fábio Henrique Prado de Toledo

Algum tempo atrás manifestei nesta coluna certa perplexidade com o Projeto de Lei n. 2.654/2003, com o que se pretendia proibir qualquer forma de punição corporal a crianças e adolescentes. Como disse naquela oportunidade, o assunto merece ser melhor refletido.

Penso que as “palmadas” nas crianças não são mesmo um recurso educativo a ser utilizado a todo momento. Mais ainda, conheço vários pais que conseguiram educar muito bem sem jamais ter sequer levantado a mão contra os filhos. Aliás, se analisarmos bem, muitas das vezes que se bate numa criança, faz-se porque o pai ou a mãe estão nervosos com outro assunto que os afligem e a travessura foi apenas o estopim. Outras vezes, quase sempre, bate-se porque não se tem paciência para explicar o porquê de não poder ela fazer algo, dando os motivos pelos quais sua conduta não é adequada e, sobretudo, expondo as boas razões para se proceder corretamente.

O problema de leis radicais como essa são as más interpretações que podem causar. Estou certo de que, tão-logo aprovada, não tardará em surgir nas escolas e nas famílias uma falsa concepção do tipo: não se pode fazer nada com o garoto que não obedece, pois do contrário pode ser “processado”. Ou, pior ainda, as próprias crianças poderão incorporar o falso conceito e se levantarem contra os educadores, pais e professores, numa arredia desobediência a qualquer tipo de ordem com o petulante argumento: “não pode fazer nada comigo, sou menor”.

Não há educação sem limites. Já relatei a história de um garoto que, durante uma viagem com os colegas de escola para um acampamento, se queixava com o professor de que seus pais não lhe davam liberdade, que dependia da autorização deles para quase tudo. Esse bom professor deu ao aluno uma brilhante lição, que merece ser contada novamente:

“Seus pais não permitem que você faça tudo o que quer porque o amam. Veja esse pequeno riacho, em sua nascente, uma margem é bem próxima da outra. É o que ocorre com uma criança pequena, de tudo dependem dos pais. O riacho, conforme vai avançando, as suas margens vão ficando cada vez mais distantes, até que deságüe no mar, onde não há mais margens. Assim deveriam os pais fazer com os filhos. A autoridade dos pais é a margem dos rios que permite que cheguem ao destino.

Quanto maior o rio, mais distantes as margens, quanto maior e mais responsável o filho, maior pode ser a sua autonomia. E veja, que bom que é a margem, imagine o que seria do rio sem ela? Veja aquela parte do rio em que a margem é menos resistente, parte da água caiu para fora e apodrece à beira do rio, não chegará ao mar. Assim acontece com os filhos que possuem pais fracos, que não desempenham a obrigação de exercer a autoridade: deixam seus filhos perdidos nas ribanceiras do mundo, não chegam ao mar".

Soube também do drama de uma adolescente que talvez ilustre o desastre que é a educação sem limites. Trata-se de uma jovem de quatorze anos que estava deprimida e resolveu fazer um tratamento psicológico. Depois de algumas sessões, ela acabou por deixar de escapar algo, aparentemente sem importância, mas que revelava a causa de sua “depressão”.

Disse ela: “quando as minhas amigas me convidam para algum passeio que eu não quero, gosto muito de dizer que meus pais não deixaram. É a desculpa que mais me agrada”. “Você sabe por que isso lhe agrada?”, perguntou o psicólogo. “Na verdade não sei”, prosseguiu ela, “os pais de minhas amigas sempre as proíbem de fazer algo que elas verdadeiramente gostariam, mas eles também conversam com elas, fazem programas juntos, penso que elas ganham um beijo dos pais antes de irem dormir...”. Ela não contém as lágrimas que escorrem, e depois conclui: “meus pais me deixam fazer tudo o que eu quero porque não gostam de mim. Fazem isso para que eu não os incomode, então eu costumo dizer a minhas amigas que me proíbem de fazer alguma coisa para que não percebam que meus pais não me amam”.

Comprometedor esse relato, não? É hora, pois, de levá-lo mais a sério.

Fábio Henrique Prado de Toledo é Juiz de Direito em Campinas. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Articulista do Correio Popular de Campinas e de alguns outros jornais. Casado, pai de 8 filhos e Membro do Conselho de Administração do Colégio Nautas.

e-mail: fabiotoledo@apamagis.com.br

Publicado no Portal da Família em 22/06/2010