sábado, 26 de junho de 2010
Reflexões sobre os Santos Juninos
João Batista era primo de Jesus. Veio antes para preparar os caminhos do Senhor. Foi ele o primeiro a anunciar e pregar o batismo de conversão nas águas do Rio Jordão.
Diz alguns escritos apócrifos (livros que não estão na Bíblia) que quando Joãozinho nascera, Zacarias, seu pai, acendeu uma grande fogueira para louvar a Deus e anunciar aos vizinhos que o seu filho havia nascido forte e saudável... Daí a origem das fogueiras no dia 23 ou 24 de junho.
Pedro e Paulo (dia 29): são as duas colunas mestras da Igreja de Jesus Cristo que se expande pelo mundo até hoje. Jesus disse a Pedro: “Tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.” (Mt 16,18). Paulo, de perseguidor dos primeiros cristãos, passou a ser perseguido por anunciar o evangelho pela Espanha, Grécia e Roma. Paulo ao cair do cavalo, ficou cego, se converteu e daí em diante, passou a enxergar só Jesus e sua missão de levar a Boa Nova do Evangelho pelo mundo.
Finalmente, hoje dia 12 de junho (dia dos namorados) as Igrejas cristãs da Itália lembram e um personagem que muito amou a Jesus Cristo. O frei Antônio. Aqui no Brasil ele é conhecido como o “santo casamenteiro”.
O que pretendemos dizer com tudo isso? É que nós brasileiros, nordestinos, temos uma herança e tradição cultural de uma religiosidade cristã muito rica. E devemos passar isso para as nossas crianças. Porque são valores que, independente de religião, nos unem na PAZ, na mesma FÉ cristã, no mesmo AMOR e no mesmo DEUS criador de todas as coisas.
CONSELHO AOS PAIS
25/05/09
LIMITES NA EDUCAÇÃO - Fábio Henrique Prado de Toledo
Limites na educação
Fábio Henrique Prado de Toledo
Algum tempo atrás manifestei nesta coluna certa perplexidade com o Projeto de Lei n. 2.654/2003, com o que se pretendia proibir qualquer forma de punição corporal a crianças e adolescentes. Como disse naquela oportunidade, o assunto merece ser melhor refletido.
Penso que as “palmadas” nas crianças não são mesmo um recurso educativo a ser utilizado a todo momento. Mais ainda, conheço vários pais que conseguiram educar muito bem sem jamais ter sequer levantado a mão contra os filhos. Aliás, se analisarmos bem, muitas das vezes que se bate numa criança, faz-se porque o pai ou a mãe estão nervosos com outro assunto que os afligem e a travessura foi apenas o estopim. Outras vezes, quase sempre, bate-se porque não se tem paciência para explicar o porquê de não poder ela fazer algo, dando os motivos pelos quais sua conduta não é adequada e, sobretudo, expondo as boas razões para se proceder corretamente.
O problema de leis radicais como essa são as más interpretações que podem causar. Estou certo de que, tão-logo aprovada, não tardará em surgir nas escolas e nas famílias uma falsa concepção do tipo: não se pode fazer nada com o garoto que não obedece, pois do contrário pode ser “processado”. Ou, pior ainda, as próprias crianças poderão incorporar o falso conceito e se levantarem contra os educadores, pais e professores, numa arredia desobediência a qualquer tipo de ordem com o petulante argumento: “não pode fazer nada comigo, sou menor”.
Não há educação sem limites. Já relatei a história de um garoto que, durante uma viagem com os colegas de escola para um acampamento, se queixava com o professor de que seus pais não lhe davam liberdade, que dependia da autorização deles para quase tudo. Esse bom professor deu ao aluno uma brilhante lição, que merece ser contada novamente:
“Seus pais não permitem que você faça tudo o que quer porque o amam. Veja esse pequeno riacho, em sua nascente, uma margem é bem próxima da outra. É o que ocorre com uma criança pequena, de tudo dependem dos pais. O riacho, conforme vai avançando, as suas margens vão ficando cada vez mais distantes, até que deságüe no mar, onde não há mais margens. Assim deveriam os pais fazer com os filhos. A autoridade dos pais é a margem dos rios que permite que cheguem ao destino.
Quanto maior o rio, mais distantes as margens, quanto maior e mais responsável o filho, maior pode ser a sua autonomia. E veja, que bom que é a margem, imagine o que seria do rio sem ela? Veja aquela parte do rio em que a margem é menos resistente, parte da água caiu para fora e apodrece à beira do rio, não chegará ao mar. Assim acontece com os filhos que possuem pais fracos, que não desempenham a obrigação de exercer a autoridade: deixam seus filhos perdidos nas ribanceiras do mundo, não chegam ao mar".
Soube também do drama de uma adolescente que talvez ilustre o desastre que é a educação sem limites. Trata-se de uma jovem de quatorze anos que estava deprimida e resolveu fazer um tratamento psicológico. Depois de algumas sessões, ela acabou por deixar de escapar algo, aparentemente sem importância, mas que revelava a causa de sua “depressão”.
Disse ela: “quando as minhas amigas me convidam para algum passeio que eu não quero, gosto muito de dizer que meus pais não deixaram. É a desculpa que mais me agrada”. “Você sabe por que isso lhe agrada?”, perguntou o psicólogo. “Na verdade não sei”, prosseguiu ela, “os pais de minhas amigas sempre as proíbem de fazer algo que elas verdadeiramente gostariam, mas eles também conversam com elas, fazem programas juntos, penso que elas ganham um beijo dos pais antes de irem dormir...”. Ela não contém as lágrimas que escorrem, e depois conclui: “meus pais me deixam fazer tudo o que eu quero porque não gostam de mim. Fazem isso para que eu não os incomode, então eu costumo dizer a minhas amigas que me proíbem de fazer alguma coisa para que não percebam que meus pais não me amam”.
Fábio Henrique Prado de Toledo é Juiz de Direito em Campinas. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Articulista do Correio Popular de Campinas e de alguns outros jornais. Casado, pai de 8 filhos e Membro do Conselho de Administração do Colégio Nautas.
e-mail: fabiotoledo@apamagis.com.br
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