sábado, 5 de fevereiro de 2011

Semana Pedagógica 2011

     DURANTE A SEMANA PEDAGÓGICA, QUE ACONTECEU DE 24 ATÉ 28 DE JANEIRO DO CORRENTE, ALÉM DOS ESTUDOS E APROFUNDAMENTOS SOBRE VÁRIOS TEMAS, TAIS COMO: "A IMPORTÂNCIA DA CALIGRAFIA", "NÓS COMO PARTE INTEGRANTE DO MEIO AMBIENTE", "CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011" ENTRE OUTROS, TIVEMOS A OPORTUNIDADE DE PARTICIPAR DA 1ª OFICINA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIA E ENCANTAMENTO PELA LEITURA, MINISTRADA PELA PROFESSORA DILMA.
O NOSSO MUITO OBRIGADA!



1ª Semana de Volta ao Colégio

Iniciamos com a 1ª Reunião de Pais, no dia 31 de janeiro de 2011


Pauta:
==> Dinâmica do Jardim Encantado;
==> Apresentação da Agenda Escolar 2011;
==> Conversa sobre a rotina do Colégio;
==> Apresentação da Equipe 2011;
==> Confirmação do início das aulas

  • dia 01 /02  para a Ed. Infantil e Ens. Fundamental até o 3º ano
  • dia 07/02  para os 4º e 5º anos.
Logo na saída foi entregue um texto para reflexão e assinatura da presença na reunião.


Segue abaixo:
Colégio Interativo Fonte do Saber
1ª Reunião de Pais
31 de janeiro de 2011

Para Refletir

Os pais perante o rendimento escolar
José Manuel Cervera e José Antonio Alcázar

Já escrevemos anteriormente que o primeiro motivo que provoca a relação dos pais com o colégio dos filhos é o da melhoria dos resultados escolares. E é lógico que assim seja. Deve ser um objetivo fundamental dos pais protagonistas da educação dos filhos que estes consigam desenvolver ao máximo todas as suas capacidades intelectuais: esse seria o verdadeiro êxito escolar do filho.
ÊXITO ESCOLAR = DESENVOLVIMENTO MÁXIMO DAS CAPACIDADES INTELECTUAIS MAIS FORÇA DE VONTADE NO ESTUDO
Também a escola e, portanto, o professor do nosso filho devem ter o mesmo objetivo e então, nas entrevistas com o professor, ainda que o rendimento escolar seja sempre um tema a tratar, analisá-lo-emos no contexto do nosso objetivo fundamental que é a educação integral do nosso filho e não nos limitaremos à visão limitada que suporia preocuparmo-nos apenas com a sua instrução.
A responsabilidade dos estudos recai sobre os pais, os professores e sobre o filho-aluno. É uma responsabilidade partilhada e, portanto, nenhuma das três partes deve permanecer à margem desta tarefa ou ter ópticas diferentes.
Nós, os pais, não podemos esquecer que o protagonista da aprendizagem é o nosso filho, o estudante, e que nunca pode ser sujeito passivo do processo educativo.
Para a aquisição de conhecimentos não basta que os professores expliquem e exijam, é preciso que o aluno realize o trabalho correspondente de aprender, que não é só <> mas analisar, completar ou ampliar, memorizar, etc. Como costumamos dizer:
QUE O ALUNO ESTUDE
O estudo é o instrumento necessário para a educação intelectual que inclui:
- Aprender a pensar;
- Adquirir a capacidade de discernimento para chegar a ser uma pessoa que saiba escolher;
- Obter a cultura que, se é autêntica, é uma forma de viver, etc.
O estudo infui no desenvolvimento de toda a personalidade, pois partimos da idéia de que:

O ESTUDO É O TRABALHO DO ESTUDANTE
Suponho que a alguns parecerá que esta frase destacada é evidente. Estamos com ela a querer sublinhar que um objetivo básico do estudo é conseguir a educação para o trabalho, que os nossos filhos reconheçam o papel do trabalho nas nossas vidas.
É preciso 'motivar' os filhos para que queiram estudar e conseguir que possam e saibam fazê-lo. Necessitarão:
MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO E TÉCNICAS DE ESTUDO
A motivação para o estudo mais intenso será:
UM BOM AMBIENTE DE TRABALHO E NA NOSSA FAMÍLIA
Quando na família se respira um clima de trabalho bem feito, quando os pais tornam os filhos participantes das suas aspirações profissionais, na medida em que as podem entender, quando o trabalho ocupa um lugar objetivo - nem ociosidade nem <> - e é aceite numa atitude de serviço, então, e só então, o ambiente familiar é uma motivação grande para os estudos dos filhos.
Os filhos valorizam muitíssimo a laboriosidade dos pais e a sua dedicação à família. O seu exemplo é decisivo para os ajudar a ser bons trabalhadores: é o melhor estímulo para os filhos.

Sobretudo no caso dos alunos mais jovens: de nada serve que um pai trabalhe muitas horas fora de casa se, ao chegar, não realiza tarefa alguma em benefício da família, porque "está muito cansado".
Há pais a quem parece que só os preocupa na educação dos filhos que obtenham boas notas, pois reduzem a educação ao êxito escolar, como primeiro passo do futuro êxito social.
Estes pais que se ficam pelo resultado e se esquecem da educação como processo, como é necessária a mudança da pessoa do filho através do tempo, não estão a tratar os filhos como seres livres. Assim, a educação converte-se em treino, pois não se conta com os motivos, convicções e preferências de cada filho.
Para que o estudo seja um trabalho educativo deve pôr em jogo as faculdades pessoais, isto é:
- deve ser livre, realizado intencionalmente;
- assumindo a responsabilidade da própria tarefa.

Depois, para que o estudo seja um trabalho livre e possa servir como meio de educação, deve dar prioridade à pessoa, e não ao resultado objetivo desse trabalho.
Por conseqüência, é preciso indicar aos filhos ou alunos as razões do seu trabalho, sem reduzir o horizonte das tarefas escolares ao cumprimento de uma obrigação penosa que não haveria mais remédio senão fazer enquanto não chega o tempo das férias.

EDUCAR É DESPERTAR NOS ALUNOS:
A SATISFAÇÃO PELA OBRA BEM FEITA, DESENVOLVER A SUA CAPACIDADE PARA TRABALHAREM BEM
Portanto, nós, os pais, sob o ponto de vista educativo, devemos atender prioritariamente, quanto ao estudo dos nossos filhos, ao trabalho e ao esforço que realizam, e só depois ao nível objetivo alcançado: as notas ou classificações escolares.
Uma boa medida será sem dúvida seguir dia a dia, de maneira prudente mas real, os estudos dos filhos, ajudando-os discretamente a manter a exigência de um plano diário de estudo.
Os pais devem evitar as reações desproporcionadas perante <>. Dissemos que o importante é o esforço que o filho despendeu, não os resultados alcançados. Uma nota elevada sem esforço não merece um prêmio e, por vezes, uma aprovação pode ser motivo para uma celebração.
Os filhos melhor dotados, os de notas elevadas sem esforço, correm o risco de não ser educados numa virtude tão fundamental como a laboriosidade. De acordo com o orientador escolar, teremos que preparar-lhes um plano pessoal de estudos que fomente os seus hábitos de trabalho.
As classificações escolares devem servir para:

REFLETIR E DIALOGAR COM O NOSSO FILHO E PROCURAR SOLUÇÕES QUE MELHOREM O SEU TRABALHO-ESTUDO

Em conclusão, a exigência dos pais quanto ao rendimento escolar de um filho deverá ser coerente com as capacidades reais desse filho e centrar-se não nos resultados mas no esforço.
Para ajudar os nossos filhos nos seus estudos, temos de assegurar em casa, com as ações adequadas, as condições favoráveis para que trabalhem todos os dias:
- lugar tranqüilo para estudar;
- um ambiente familiar que anime a estudar;
- um horário de estudo que se respeita sem interrupções;
- o controle severo sobre a televisão, etc.;
MOSTRANDO SEMPRE INTERESSE PELO TRABALHO QUE REALIZA O FILHO.

 Condensado do livro: As Relações Pais-Colégio, José Manuel Cervera e José Antonio Alcázar , Ed. Rei dos Livros

CONSELHO AOS PAIS

CONSELHO AOS PAIS

25/05/09

Já na sua infância, desde cedo, não dê à ele tudo o que quiser, assim quando ele crescer, não ficará a espera que o mundo lhe dê o que deseja; Não ache graça de seu palavreado chulo e grosseiro; Inicie-o nos caminhos de uma educação religiosa, sem fanatismo, que não pregue a divisão e sim, a união do povo de Deus; Não apanhe tudo que ele deixar jogado: livros, brinquedos, sapatos, roupas e ... Habitue-o a guardar todos os seus pertences; Não faça tudo para ele. Ensine-o a fazer de tudo, a fim de que não seja um eterno dependente dos outros; Evite, a todo custo, discutir com freqüência na presença dele; Não o defenda, intransigentemente, contra seus professores. Apure os fatos com calma. Lembre-se que os professores são seus parceiros e não seus inimigos; Não tente dominá-lo querendo que ele seja a sua cópia, mas tente sempre persuadi-lo através de um diálogo sincero e amigo. Respeite sua personalidade; Finalmente, prepare-se para no futuro ter somente orgulho e alegria de ter realmente, criado um filho com dignidade; Lembre-se: se fizeres o contrário disto, corre o risco de uma vida futura cheia de angústias, decepções e lágrimas de dor. (Texto adaptado pelo Professor Francisco Jaegge)

LIMITES NA EDUCAÇÃO - Fábio Henrique Prado de Toledo

LIMITES NA EDUCAÇÃO - Fábio Henrique Prado de Toledo

Limites na educação

Fábio Henrique Prado de Toledo

Algum tempo atrás manifestei nesta coluna certa perplexidade com o Projeto de Lei n. 2.654/2003, com o que se pretendia proibir qualquer forma de punição corporal a crianças e adolescentes. Como disse naquela oportunidade, o assunto merece ser melhor refletido.

Penso que as “palmadas” nas crianças não são mesmo um recurso educativo a ser utilizado a todo momento. Mais ainda, conheço vários pais que conseguiram educar muito bem sem jamais ter sequer levantado a mão contra os filhos. Aliás, se analisarmos bem, muitas das vezes que se bate numa criança, faz-se porque o pai ou a mãe estão nervosos com outro assunto que os afligem e a travessura foi apenas o estopim. Outras vezes, quase sempre, bate-se porque não se tem paciência para explicar o porquê de não poder ela fazer algo, dando os motivos pelos quais sua conduta não é adequada e, sobretudo, expondo as boas razões para se proceder corretamente.

O problema de leis radicais como essa são as más interpretações que podem causar. Estou certo de que, tão-logo aprovada, não tardará em surgir nas escolas e nas famílias uma falsa concepção do tipo: não se pode fazer nada com o garoto que não obedece, pois do contrário pode ser “processado”. Ou, pior ainda, as próprias crianças poderão incorporar o falso conceito e se levantarem contra os educadores, pais e professores, numa arredia desobediência a qualquer tipo de ordem com o petulante argumento: “não pode fazer nada comigo, sou menor”.

Não há educação sem limites. Já relatei a história de um garoto que, durante uma viagem com os colegas de escola para um acampamento, se queixava com o professor de que seus pais não lhe davam liberdade, que dependia da autorização deles para quase tudo. Esse bom professor deu ao aluno uma brilhante lição, que merece ser contada novamente:

“Seus pais não permitem que você faça tudo o que quer porque o amam. Veja esse pequeno riacho, em sua nascente, uma margem é bem próxima da outra. É o que ocorre com uma criança pequena, de tudo dependem dos pais. O riacho, conforme vai avançando, as suas margens vão ficando cada vez mais distantes, até que deságüe no mar, onde não há mais margens. Assim deveriam os pais fazer com os filhos. A autoridade dos pais é a margem dos rios que permite que cheguem ao destino.

Quanto maior o rio, mais distantes as margens, quanto maior e mais responsável o filho, maior pode ser a sua autonomia. E veja, que bom que é a margem, imagine o que seria do rio sem ela? Veja aquela parte do rio em que a margem é menos resistente, parte da água caiu para fora e apodrece à beira do rio, não chegará ao mar. Assim acontece com os filhos que possuem pais fracos, que não desempenham a obrigação de exercer a autoridade: deixam seus filhos perdidos nas ribanceiras do mundo, não chegam ao mar".

Soube também do drama de uma adolescente que talvez ilustre o desastre que é a educação sem limites. Trata-se de uma jovem de quatorze anos que estava deprimida e resolveu fazer um tratamento psicológico. Depois de algumas sessões, ela acabou por deixar de escapar algo, aparentemente sem importância, mas que revelava a causa de sua “depressão”.

Disse ela: “quando as minhas amigas me convidam para algum passeio que eu não quero, gosto muito de dizer que meus pais não deixaram. É a desculpa que mais me agrada”. “Você sabe por que isso lhe agrada?”, perguntou o psicólogo. “Na verdade não sei”, prosseguiu ela, “os pais de minhas amigas sempre as proíbem de fazer algo que elas verdadeiramente gostariam, mas eles também conversam com elas, fazem programas juntos, penso que elas ganham um beijo dos pais antes de irem dormir...”. Ela não contém as lágrimas que escorrem, e depois conclui: “meus pais me deixam fazer tudo o que eu quero porque não gostam de mim. Fazem isso para que eu não os incomode, então eu costumo dizer a minhas amigas que me proíbem de fazer alguma coisa para que não percebam que meus pais não me amam”.

Comprometedor esse relato, não? É hora, pois, de levá-lo mais a sério.

Fábio Henrique Prado de Toledo é Juiz de Direito em Campinas. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Articulista do Correio Popular de Campinas e de alguns outros jornais. Casado, pai de 8 filhos e Membro do Conselho de Administração do Colégio Nautas.

e-mail: fabiotoledo@apamagis.com.br

Publicado no Portal da Família em 22/06/2010